sexta-feira, 8 de junho de 2012

HOMENS FALAM SOBRE A (IN)FIDELIDADE : PERGUNTAS E RESPOSTAS



Sabemos que os aspectos biológicos, psicológicos e sociais nos diferenciam a todos, e como mulheres, somos curiosas a respeito do comportamento masculino.
Para nutrir, e ao mesmo tempo acalmar um pouco da nossa sede de saber sobre eles,  fiz, para alguns homens, perguntas sobre o que pensam e sentem sobre a (in)fidelidade.

As respostas estão muito interessantes. Confiram:


1- O que significa fidelidade pra você? Considera algo importante?

Apolo: Fidelidade para mim é manter um relacionamento afetivo somente com uma pessoa, e penso que para manter essa fidelidade, é preciso cultivá-la e não apenas praticá-la. É algo importante principalmente por uma questão cultural, pois crescemos em um mundo que já está pronto  e aprendemos desde cedo que o correto é manter um relacionamento monogâmico, para sermos aceitos pela sociedade.

Jimmy: É muito importante sim. Fidelidade, para mim, é respeito. Ser fiel a alguém é respeitar essa pessoa, ser infiel é desrespeitá-la.

João: Hmmm.. é algo importante sim, e significa estar com uma só pessoa. Mas tem diferença entre homens e mulheres. Um homem pode acabar ficando com outra pessoa numa noite mas gostar somente de uma. Homem é foda né, acontece isso, mas não tolera que aconteça o mesmo com ele.

Jonas: Fidelidade para mim é quando uma pessoa está esclarecida do que quer. Um homem/mulher esclarecido sabe o que quer... então, via de regra, é fiél e não tem motivos para se desviar.

2- Responda com sinceridade, ao menos, tente. (hehehe) Quando você está em um relacionamento estável, você é fiel? Se sim, em média, por quanto tempo? Se não, porque?

Apolo: Nem sempre.. ao mesmo tempo em que a sociedade nos cobra fidelidade, nos bombardeia com estímulos de todos os tipos e nos ensina a não resistí-los. Então, tudo depende do aparecimento de oportunidades. Para me manter fiel, tenho que evitar qualquer tipo de situação que ofereça algum tipo de perigo a fidelidade. Mas nem sempre isso é possível. Resumindo, existe um esforço sim, para manter a fidelidade quando estou em um relacionamento estável, mas ele nunca é estável o tempo todo... existem brigas, frustrações, altos e baixos.

Jimmy: Tenho orgulho de dizer que nunca traí ninguém dentro de um relacionamento, mas confesso que dentro da nossa sociedade esse comportamento chega a ser estranho, conheço poucas pessoas que mantenham esse respeito em todas as circunstâncias de flerte. Mas sinceramente, não sou a regra, talvez seja por que a minha família me transmite valores.

João: Sim, sou! Nunca traí alguma namorada.

Jonas: Quando estou em um relacionamento sério sou fiel 100%, caso contrário, quando não há compromisso de ambas as partes - relacionamento aberto - não vejo por que não poderia dar oportunidade para conhecer gente nova.

3- Como você se sente, enquanto homem, quando trai?

Apolo: Instintivamente falando, o sentimento é natural, quase que como uma necessidade ( do tipo, perpetuando os genes para garantir a sobrevivência da espécie). É praticamente uma sensação de cumprir o dever. Enquanto homem social, existe a culpa e o arrependimento, claro. Mas como na grande maioria dos casos, é algo extremamente efêmero e puramente físico ( sem qualquer ligação emocional), essa sensação ruim também se ameniza.

Jimmy:  Como nunca traí, o que consigo fazer é imaginar meu sentimento caso tivesse traído. E o sentimento é de 'arrependimento'. Quando isso acontece, o que acredito, é muito mais instintivo do 'animal' ser humano do que algo puramente racional ou simplesmente porque não há amor e respeito no relacionamento. Mas sei que existem relacionamentos mais modernos onde se os companheiros se sentirem atraídos, estão "liberados". Acho interessante, mas pra mim não serviria. 

João: Nunca traí namorada, mas já fiquei com duas pessoas mais ou menos ao mesmo tempo. A sensação é aquela de que "tudo que é proibido é mais gostoso". E é mesmo, pelo menos pra mim, essa sensação é muito boa. 

Jonas: Inseguro.

4- Você pode amar uma pessoa, estar apaixonado por outra, e ainda sair só para fazer sexo com outra? Qual a relação que você faz entre amor, paixão e sexo?

Apolo: Isso pode facilmente acontecer. Eu, particularmente, não vejo muita distinção entre paixão e sexo, pois para haver sexo, precisar existir um estímulo, precisa ter tesão. Essa coisa de momento, química e visceral, é o que eu entendo por paixão - sem ela, o sexo vira algo puramente mecânico e perde a graça e o sentido, para mim.

Jimmy: Amar uma pessoa e estar apaixonado por outra já são sentimentos contraditórios, acho que quem passa por isso está muito confuso(a). Agora, considerando o sexo como algo efêmero, sabemos que isso é possível sim, no entanto, caímos na questão da fidelidade. Eu não me sentiria bem.

João: Amar alguém e estar apaixonado por outra, não existe pra mim. Um homem pode mesmo gostar de uma pessoa e acabar ficando com outra, ainda mais pelo sexo... sexo por sexo é necessidade física, então acaba existindo um envolvimento com outra pessoa além daquela guria que tu realmente gosta. É  necessidade, o perigo, o tesão principalmente. 

Jonas: Amor sem sexo é amizade
Sexo sem amor é vontade...
(Rita Lee)
É difícil definir amor e paixão né...


5- Na sua opinião, porque muitos homens não conseguem ser fiéis?

Apolo: Eu acho que é muito mais uma questão instintiva do que qualquer outra coisa. Se observarmos no mundo animal, pra garantir que o seu material genético seja passado adiante, o macho precisa fecundar o maior número de fêmeas possível, garantindo assim uma maior chance de que uma delas gere uma cria. Então, não existe uma seleção muito qualitativa, mas sim quantitativa. Por outro lado, a fêmea tem uma gestação pra carregar, então ela busca um macho com as melhores condições de gerar uma cria capaz de sobreviver no ambiente hostil que é a natureza. Trazendo isso para nossa sociedade, existe por um lado uma questão patriarcal difundida culturalmente, onde as atitudes do homem são consideradas aceitáveis, como o ato de trair, e a mulher é coloca em uma posição submissa. Esses valores somente contribuem para a valorização da infidelidade masculina.

Jimmy: Hoje não são só os homens, as mulheres também. Os círculos sociais de amizade são maiores, todos tem muitos mais amigos que antigamente, ou seja, mais tentações, pessoas bonitas, interessantes, atraentes, etc. A traição sempre existiu, mas a cultura de termos vários relacionamentos é mais recente. Acho que caímos em tentação com facilidade, talvez seja aí onde se diferenciam as pessoas especiais/fiéis das outras.

João: Eu acho que são mais fiéis do que as mulheres imaginam. E hoje em dia, cada vez mais vejo mulheres tão infiéis quanto homens. Quando se quer, se faz. E mulher é pior, porque ela trama o fato. O homem é mais burro quanto a isso, vai na emoção do momento. Por isso a casa cai. As mulheres planejam melhor, arquitetam a coisa de um jeito que a moral delas continue intacta.

Jonas: Porque não fazem suas escolhas norteados por princípios. Quem trai, o faz porque fez uma escolha que não valoriza. Escolheu estar com alguém que não representa nada para ele. Eu acho que o stress também faz com que o homem queira pular a cerca.


6- Aceitaria que a sua namorada fosse ocasionalmente infiel?

Apolo: Essa pergunta é difícil, porque a sociedade nos ensina a condenar a infidelidade, por questões culturais e religiosas que são marteladas nas nossas cabeças. Por outro lado, a infidelidade é uma realidade presente em todas as esferas e praticamente todos os relacionamentos, nem que seja materializada apenas na vontade de torná-lo real. Então, pra responder a pergunta, o desconforto social que a infidelidade me causa ( tipo, o que os meus amigos vão dizer sobre isso? meus pais vão me condernar!), faz com que eu não consiga aceitá-la. 

Jimmy: Claro que não. O engraçado é que até os infiéis responderiam isso também, ou, ainda, justificariam suas traições perguntando: "o que garante que sua mulher também nunca o traiu ou trai?"

João: Não aceitaria em hipótese alguma se fosse namorada. Se fosse só um caso, talvez relevasse.

Jonas: Namorada não, mas uma ficante não tem obrigação de ser fiel.



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